1- Qual a importância da pesquisa científica?
A pesquisa científica na saúde refere-se ao processo sistemático de investigação que busca adquirir conhecimento e compreensão sobre questões relacionadas à saúde, medicina e áreas afins.
Ela é conduzida com métodos rigorosos e científicos para contribuir para o avanço do conhecimento na área da saúde, promovendo a descoberta de novas informações, a validação de teorias existentes e o desenvolvimento de práticas mais eficazes.
2- O que é a revisão por pares?
A revisão por pares é uma parte crucial do processo de publicação científica.
Quando um pesquisador conclui um estudo, ele normalmente prepara um manuscrito detalhando os:
- métodos,
- resultados
- conclusões da pesquisa.
Antes de ser publicado em uma revista científica, esse manuscrito passa por um processo de revisão por pares.
A revisão por pares envolve a submissão do manuscrito a outros especialistas na área, os "pares" ou colegas do autor.
Esses revisores avaliam o trabalho de forma crítica, verificam a validade dos métodos utilizados, a consistência dos resultados e a interpretação das conclusões.
Eles também avaliam a originalidade e relevância do estudo. Os revisores fornecem feedback ao autor, sugerindo melhorias ou ajustes necessários.
Esse processo de revisão por pares é fundamental para garantir a qualidade e a integridade da pesquisa científica.
Ele ajuda a evitar a publicação de estudos falhos, com metodologia inadequada ou conclusões infundadas.
Além disso, contribui para a construção da confiança na comunidade científica e na sociedade em relação aos avanços na área da saúde.
3- Quais técnicas da medicina e psicologia utilizadas possuem revisão por pares?
Infelizmente, é muito dificil saberdefinitivamente quais técnicas médicas específicas que não tenham sido submetidas à revisão por pares.
Muitas técnicas médicas novas e experimentais inicialmente carecem de evidências revisadas por pares porque a pesquisa leva tempo. Isso não significa necessariamente que sejam ineficazes ou inseguros.
Novos procedimentos cirúrgicos ou estético, medicamentos ou tratamentos experimentais e terapias alternativas são frequentemente utilizadas na medicina antes de uma revisão abrangente por pares.
Eles podem ser promissores, mas também acarretam riscos desconhecidos.
Práticas médicas sem evidências fortes devem ser vistas com cautela.
Algumas técnicas médicas comuns que passaram por revisão por pares e têm evidências sólidas por trás delas incluem:
- Cirurgias estabelecidas como substituição de joelho, bypass cardíaco, apendicectomia, etc. Os procedimentos cirúrgicos padrão são exaustivamente estudados.
- Medicamentos aprovados pela Anvisa ou agências equivalentes em outros países. Novos medicamentos passam por extensos testes clínicos e análise de dados antes da aprovação.
- Técnicas diagnosticas bem validadas como imagem por ressonância magnética, endoscopia, mamografia, etc. A acurácia desses testes é monitorada e comparada em relação a padrões.
- Tratamentos padrão para condições como diabetes, hipertensão, infecções bacterianas, câncer e outras doenças. Protocolos de tratamento são desenvolvidos com base nas melhores evidências atuais.
- Vacinas padrão como sarampo, caxumba, rubéola, varicela que foram extensamente estudadas por décadas.
- Práticas preventivas comprovadas como colonoscopia para detectar câncer colorretal, ou mamografia para rastrear câncer de mama.
Boa parte do arsenal médico moderno tem sólida revisão e publicações por trás de sua eficácia, riscos e benefícios.
Mas novas técnicas estão sempre surgindo e precisam de validação adicional ao longo do tempo.
3- Quais as dificuldades que são enfrentadas para uma nova terapia ser validada por pares?
Algumas das principais dificuldades que uma nova terapia enfrenta para ser validada por revisão por pares incluem:
1. Recursos limitados: Realizar ensaios
clínicos de alta qualidade, que são necessários para a revisão por pares, requer equipamentos caros, muitos participantes e monitoramento meticuloso. Muitas vezes, pesquisas iniciais não têm financiamento suficiente.
2. Falta de interesse de pesquisadores:
Como uma terapia é nova e não comprovada, pode ser difícil convencer pesquisadores proeminentes a conduzirem estudos sobre sua eficácia. Sem esse interesse inicial, faltam evidências sólidas.
3. Dificuldade de recrutar participantes:
Para ensaios clínicos robustos, você precisa recrutar muitos pacientes dispostos a testar tratamentos experimentais. No entanto, muitas pessoas hesitam em participar dessas pesquisas pioneiras.
4. Efeitos placebo:
É difícil provar em estudos duplo-cegos que uma terapia realmente funciona além de um efeito placebo. Isolar os efeitos reais requer grupos de controle, randomização cuidadosa e estudos em larga escala.
5. Viés de publicação:
Estudos de sucesso sobre novas terapias têm mais probabilidade de serem publicados do que pesquisas que mostram pouca ou nenhuma eficácia. Isso pode distorcer a evidência inicial disponível.
6. Padronização ausente:
Protocolos de dosagem, duração e entrega de tratamento podem não estar padronizados inicialmente para uma terapia nova, tornando os estudos mais variáveis e difíceis de avaliar em conjunto.
Esta antologia sobre a Revolução Científica proporciona ao estudante o contato direto com textos de grandes pensadores como Copérnico, Da Vinci, Galileu e Newton. O professor Danilo Marcondes, com mais de 30 anos de magistério, apresenta uma interpretação abrangente, incluindo campos como geografia, linguagem, medicina e artes. Defende que a Revolução começou com os desafios das grandes navegações e o descobrimento do Novo Mundo. Organizado para uso didático, o livro conta com introduções, comentários, questões para discussão e cronologia, sendo uma valiosa ferramenta educacional.